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openerp-brazil-team team mailing list archive

Re: RES: Finances, Accounting & Legal English-Portuguese Glossary

 

Ola Pedro,
ainda vou analisar essa resposta que mandou.
So aviso, ja ta la 90% do trabalho sobre planilha de conta. Fiz o commit, é
a planilha oficial da receita. Esta aqui:
https://code.launchpad.net/~openerp-brazil-team/openerp.pt-br-localiz/trunk
Provavelmente vai ter que corregir umas coisas. Na verdade fiquei esperando
o Renato fazer o commit do trabalho dele com o l10n_br_data.xml, porque por
enquanto esse arquivo ta com probleminho é trava instalaçao se nao fazer
nada.
Acho que infelizement o Renato ficou sem tempo.
Mais segunda, acho nos vamos explicar um pouco que foi feito.

Principalemente, espero que nos conseguimos criar um pacote para vc Pedro é
outros especialisatas começar a testar, pois nos vamos precisar.

NB: acabei de ver que o Renato vez sim o commit tambem! Fico sem tempo
agora, mas voltamos amanha.

Abraço,

Raphaël Valyi
http://www.akretion.com



2009/9/20 Pedro L Bicudo Maschio <pedro.bicudo@xxxxxxxxxxxxxxxxx>

>  Mauricio
>
> Sobre o chart of accounts. Desculpe se ficou muito longo, mas espero que
> seja didático.
>
>
>
> Há dois fatores que “destruíram” a prática contábil nas empresas
> Brasileiras. Primeiro foi o caixa dois: para sonegar impostos as empresas só
> contabilizam o “oficial” e com isso os relatórios contábeis e as apurações
> de custos se tornaram inúteis. Piorou quando o governo criou o lucro
> presumido, a partir do qual as empresas desobrigadas de apresentar o balanço
> pararam de contabilizar as despesas (principalmente de pequeno valor).
> Surgiram controles paralelos, por exemplo, o fluxo de caixa que é registrado
> em separado da contabilidade.
>
>
>
> Observe que temos um desafio para o OpenERP: como lidar com o caixa dois?
> Eu não me preocupo porque não preciso disso. No entanto, há soluções no
> Brasil que de alguma forma atendem essa demanda dos compradores – porém não
> sei explicar como fazem isso.
>
>
>
> O meu interesse pelo OpenERP é justamente porque tem o plano de contas no
> seu centro. O uso que quero fazer dele é em uma entidade assistencial na
> qual trabalho como voluntário. Como ela tem o registro de utilidade pública,
> não recolhe IR, mas está obrigada a seguir a legislação de apuração por
> lucro real com todos os livros e contabilidade completa para manter o
> benefício. Hoje fazemos a contabilidade como vc descreveu (partidas dobradas
> e todos os livros), há um longo plano de contas e existem as contas de
> resultado, para isso usamos um software simples, só para contabilidade, mas
> que não tem integração com folha, compras, etc.
>
>
>
> Já no meu trabalho remunerado, de consultoria, faço serviços de verificação
> (QA) do projeto de implantação, normalmente grandes projetos SAP para
> grandes empresas. Nesses casos não tem caixa dois, por um motivo simples: se
> houvesse, o dono/acionista seria lesado/roubado por quem usa o dinheiro do
> caixa dois. Na medida em que as empresas crescem, precisam de um sistema
> seguro e confiável justamente para evitar as fraudes (como a do caixa dois).
>
>
>
> Normalmente a grande empresa já tem um plano de contas complexo que
> implementa no ERP. Uma das vantagens de ter uma boa contabilidade é poder
> calcular o custo médio, a Fiat Brasil, por exemplo, tem mais de 70 modelos
> em produção (contando todas variações de cada carro) e apura o custo médio
> por modelo até o dia 5 de cada mês, com cálculo de imposto para cada um,
> etc., isso só é possível porque a contabilidade é muito bem feita.
>
>
>
> De modo geral, o plano de contas é regulamentado pelas bolsas de valores e
> pela associação de contadores. Empresas americanas seguem o GAAP, e no
> Brasil o novo SPED alinha-se aos padrões internacionais, com isso qualquer
> investidor sabe interpretar o que é ativo, obrigações, custo de produto,
> custo de vendas, etc. e comparar qual empresa é melhor.
>
>
>
> Nos projetos ERP das grandes, cada uma usa seu plano de contas, único e que
> atende às particularidades da empresa. Há muitos ajustes a fazer nos
> relatórios gerenciais, sempre. Já a questão de “quanto iremos pagar de...”
> funciona diferente do que vc sugere. O processo é planejar e depois
> verificar. Cria-se um orçamento planejado para cada centro de custos, o que
> permite planejar um resultado. Assim, antes de começar o mês você *planeja
> * quanto vai pagar de impostos, quanto vai consumir de materiais, quanto
> vai pagar de salários, etc. Depois, ao fim do mês, as despesas reais
> contabilizadas em cada conta são comparadas ao planejado. Portanto, a
> qualquer momento devemos saber quanto ainda podemos gastar para manter o
> real dentro dos limites do planejado.
>
>
>
> P é a letra mais importante do ERP, pois significa planejar. R significa os
> recursos que vamos planejar. Os recursos são definidos ou determinados pelo
> plano de contas, já que cada recurso recebe um número, o centro de custo:
> pessoas, PJ contratados, materiais, máquinas, cada recurso é representado
> por um centro de custos. Se você gasta em manutenção, correlaciona a despesa
> ao centro de custos da máquina, assim, quando calcula o custo do produto,
> soma o custo da máquina, que já inclui o custo da manutenção... não escapa
> nada.
>
>
>
> No conceito ERP administra-se executado x planejado. O resultado não é
> surpresa. O plano de contas é a estrutura básica para executar o ERP. Na
> empresa de manufatura, a estrutura lógica é a BOM - Bill of Materials, é a
> equação que define quanto de cada material é empregado para construir o
> produto, é a “receita” para compor um produto, é com essa receita que a
> empresa inicia a estruturação do plano de contas (vai relacionar qual
> material ou insumo é contabilizado em qual centro de custos e como isso se
> soma para compor o resultado). Na empresa de serviços, não existe a BOM, o
> que dificulta a estruturação lógica do plano de contas. Aqui é que entram os
> consultores: repensar e modelar o negócio e organizar o modelo preditivo de
> resultados, que será solidificado no plano de contas.
>
>
>
> Nosso módulo Brasil pode começar com o plano genérico do SPED (o que já
> está sendo feito). Mas em cada implantação, caberá ao consultor que está
> conduzindo o projeto, ajustar o plano de contas para o cliente. Haverá
> clientes mais exigentes e outros que se contentarão com o plano genérico.
>
>
>
> No exemplo Peru, ele continuou usando VAT (em uma conta só). O desafio para
> nós, Brasil, será criar uma conta para cada imposto. Na contabilidade
> completa da entidade assistencial que citei, temos IR, ICMS, COFINS, INSS e
> “outras contribuições”, todas dentro de um mesmo grupo de contas. O detalhe
> é que os recolhimentos e demonstrativos são feitos em separado, nos
> aplicativos da receita (gerador dos arquivos que são entregues mensalmente)
> e pegamos o resultado calculado e digitamos no sistema contábil, não tem
> integração. Da mesma forma, no OpenERP, podemos ter uma interface que extrai
> os dados da contabilidade, alimenta o módulo externo de livros fiscais que
> calculam o imposto e geram os arquivos para entrega, e outra interface para
> pegar os resultados e inserir na contabilidade (por exemplo, no agrupamento
> de contas que hoje é chamado de VAT).
>
>
>
> Espero ter ajudado no entendimento.
>
>
>
> [ ]
>
> Bicudo
>
>
>   ------------------------------
>
> *De:* openerp-brazil-team-bounces+pedro.bicudo=tgtconsult.com.br@
> lists.launchpad.net [mailto:openerp-brazil-team-bounces+pedro.bicudo<openerp-brazil-team-bounces%2Bpedro.bicudo>
> =tgtconsult.com.br@xxxxxxxxxxxxxxxxxxx] *Em nome de *Mauricio Baduy
> *Enviada em:* quarta-feira, 16 de setembro de 2009 21:15
> *Para:* openerp-brazil-team@xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
> *Assunto:* [Openerp-brazil-team] Finances,Accounting & Legal
> English-Portuguese Glossary
>
>
>
> Olá,
>
> Passada a tempestade da nota fiscal eletrônica, voltei a analisar a
> documentação do Openerp, e comecei pela contabilidade. O link abaixo, possui
> um extenso glossário de termos financeiros, contábeis, etc, em inglês com
> tradução para o português. Estou achando-o útil para entender melhor o que o
> Openerp faz.
>
> http://www.sk.com.br/sk-fcj.html
>
> É um bom complemento para o glossário existente no bluwiki.
>
> O plano de contas a ser implementado será o Plano de Contas Referencial da
> Receita Federal? O que está sendo pensado a respeito? Desculpem se a
> pergunta for inadequada.
>
> Minha experiência com contabilidade é bem mais simples do que propõe o
> Openerp.  O sistema que é usado na empresa é um plano de contas de 5 níveis,
> do tipo tradicional, usado largamente em empresas industriais e comerciais.
> Os lançamentos são efetuados em partida dobrada, usando um sistema de
> histórico padrão que permite várias inserções de textos variáveis, e no fim,
> produzir balancete, demonstrativos, Diário e Razão. Achei interessante a
> classificação das contas quanto ao tipo de transação que ela recebe, e
> imagino como pode ser versátil uma contabilidade feita da maneira proposta
> pelo Openerp.
>
> No link
>
>
> http://beeznest.wordpress.com/2008/12/27/openerp-5-creating-a-chart-of-accounts-first-draft/
>
> o autor Yannick Warnier conta a experiência de criar um plano de contas
> para o Perú. É uma leitura interessante (pelo menos para mim).
>
> Os membros da lista que tem experiência com contabilidade como implementada
> pelo Openerp, poderiam comentar a respeito?
> (Bicudo: se você tiver um tempinho, conte um pouco da sua experiência com
> outros ERPs).
>
> Fico imaginando como seria eficiente gerenciar uma empresa sabendo, a
> qualquer momento, quanto iremos pagar de PIS, COFINS, ICMS,  ICMS-ST, IPI,
> etc, quanto um determinado produto está contribuindo para a margem de lucro
> da empresa, se está dando prejuízo, etc.
>
> É uma revolução na gestão das empresas!
>
> Maurício
>
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