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[edson <edson_da2@xxxxxxxxx>]

Em 11-04-2011 22:59, Anderson Cardoso escreveu:
> Eu acho curioso o fato de que:
> O que trouxe o usuário GNU/Linux para este sistema foi a capacidade de
> abrir a cabeça, querer aprender e encarar mudanças como algo positivo.
Creio que isto não é uma verdade absoluta, não pelo menos para a grande 
maioria. Pessoas são diferentes e cada uma é um universo. Isto sim é o 
que nos torna absolutamente fantásticos. Cada pessoa tem um tempo de 
resposta diferente. Portanto, é preferível respeitar este limite e até 
entendê-lo.

> Foi essa quebra de paradigma que o fez largar um sistema, como o windows
> por exemplo.
Nem todos, alguns mudam do Windows para Linux por várias razões. Outros 
usam os dois ao mesmo tempo e assim vai.
Empresas, principalmente, mudam do Windows para Linux por restrições 
orçamentárias e quando percebem que o Linux é superior (estabilidade, 
mais amplo uso de hardware, etc.) ao Windows se sentem satisfeitas com 
as mudanças realizadas.

> Para agora que são introduzidas mudanças no software livre, ele querer
> ter uma mente retrograda, e resistir a mudança, tal como os usuários de
> Windows o fazem.
Não creio que os usuários do Windows sejam retrógrados e nem mesmo os do 
Linux. Todos aspiram mudanças, mas, elas não devem ser abruptas. Quando 
instalo qualquer software num computador para as pessoas, eu analiso o 
perfil do usuário, sua área de interesse e principalmente seu objetivo. 
E neste ponto, o leque ofertado pelo Software Livre é grande e atende 
todos os gostos.

> A maior parte do povo que reclama do unity, mal (ou nem mesmo) testou a
> interface direito, e já fechou a cabeça.
>
> só eu vejo um paradoxo nisso?
No meu caso, por exemplo, eu não me fechei para o unity, cheguei a 
testá-lo, mas, creio que não vou usá-lo por um bom tempo, principalmente 
se não houver uma razão muito profunda para tal mudança. Mudar, 
simplesmente por mudar, não se justifica. Ninguém tem que seguir 
modismos. Eu considero as interfaces do Gnome3 e do Unity, interessantes 
para netbooks, tablets, etc., mas, para notebooks e desktop ainda 
prefiro uma interface tradicional.
Atualizarei para o 11.04 ou até mesmo farei downgrade para a versão 
10.04 LTS. Caso o Gnome ou Unity não me cause interesse, voltarei a usar 
o KDE.

> Acho que devemos abraçar a mudança como algo positivo, inovador e
> incentivar isso. Não estamos no GNU/Linux para ter uma alternativa
> grátis para os mesmos sistemas que tem por ai. Estamos porque eh um
> software livre, diferente, com características próprias, e como tal deve
> se inovar e se recriar, para se manter no mercado.
Neste ponto, concordo parcialmente com você. Devemos sim, abraçar as 
mudanças. Alguns (e eu me incluo nisto), uso o Linux porque gosto dele. 
Se tivesse que pagá-lo para usar, eu pagaria com o maior prazer. Assim 
como paguei no passado, quando não tinha acesso a uma internet de banda 
larga, para obter um cd de Linux. Hoje compro em revistas quando não 
quero fazer download.
Por fim, o Linux se mantem no mercado, porque é inovador, diferente, 
gratuito, existe em vários sabores, atende diversas finalidades, supre o 
mercado com algo que nenhum Windows jamais chegará sequer a ser.
Quando vi pela primeira vez a descrição técnica do Windows Server 2008, 
foi impossível não enxergar na descrição o leque de ideias que foram 
copiadas do Linux. Até mesmo a instalação do Windows sem desktop.
Quem utiliza o Linux de forma profissional, deve atender as expectativas 
dos usuários, que precisam de máquinas para realizarem as tarefas do dia 
a dia. Eles não terão mudanças radicais, até porque em um ambiente 
empresarial, é desejável que até a imagem de fundo de tela, não possa 
ser alterada.


> valeu
>
> Anderson
>
> Em 11 de abril de 2011 22:41, Legendario <kemel.zaidan@xxxxxxxxxxxxx
> <mailto:kemel.zaidan@xxxxxxxxxxxxx>> escreveu:
>
>     Tanto o Gnome, quanto o Ubuntu, tiveram uma posição ousada. E como
>     toda decisão ousada, ela envolve riscos. No entanto, creio que a
>     ousadia seja para o bem. Acho que o software livre, para se manter
>     na vanguarda do desenvolvimento, tem que ditar os rumos de onde o
>     desktop vai.
>
>     Há alguns anos atrás, com o compiz, o software livre ficou a frente
>     de qualquer outro desktop proprietário. Mas as empresas como a
>     Microsoft e a Apple correram atrás e diminuiram a diferença. Eu
>     pessoalmente acho que a superioridade técnica do software livre deve
>     transparecer também para os usuários e não apenas para os
>     desenvolvedores.
>
>     Gosto de ver o software livre, ditando modas, criando tendências. A
>     mudança é radical sim, mas qualquer um que tenha tido uma
>     experiência recente com o gnome-shell (minha experiência com ele é
>     maior do que com o Unity) poderá perceber que as mudanças foram
>     positivas e no final facilitam muito a vida do usuário.
>
>     Pra mim, ninguém fez mais mal na história da informática do que
>     Apple e Microsoft ao tentar difundir a ideia de que sistema
>     operacional deve ser como uma geladeira ou televisão: vc pluga na
>     tomada e sai usando. Me desculpem aqueles que acreditam nisso, mas
>     usar um computador nunca vai ser assim, por uma razão simples: a
>     informática é interativa e evolui, modificando-se com o passar do
>     tempo. Algo que simplesmente não acontece numa eletrodoméstico comum.
>
>     Portanto, como eu disse, a mudança traz riscos, mas melhor tentar
>     escalar a montanha e chegar ao topo, mesmo que no caminho hajam
>     alguns arranhões, do que ficar lá embaixo, assistindo a escalada do
>     outro. O futuro do uso do desktop livre depende disso.
>
>     Kemel Zaidan aka Legendario
>     Coordenador Ubuntu-BR-SP
>     (11) 7174-7414
>
>     jabber: legendario ARROBA jabber.org <http://jabber.org>
>     twitter: @kemelzaidan
>
>     Eu prefiro receber documentos em ODF. Não sabe o que é? ->
>     http://miud.in/V1
>
>
>
>     Em 10 de abril de 2011 22:44, Lipe Forman <lipe@xxxxxxxxxxx
>     <mailto:lipe@xxxxxxxxxxx>> escreveu:
>
>         Com relação a questão do unity e do gnome3 tenho as seguintes
>         impressões depois de usar os dois.
>
>         1 - ambos canonical e gnome estão buscando um caminho que torne
>         o uso do computador mais simples e mais objetivo, facilitando a
>         interação entre pessoas normais com sistemas baseados em
>         gnu/linux. Ambas tem propostas similares, sendo que a cononical,
>         achando que fara um trabalho melhor, e manos sujeito a opiniões
>         diversas as deles criou o unity.
>
>         2 - o ubuntu 11.04 é o pior beta da história da canonical, nunca
>         vi um beta do ubuntu tão cheio de falhas e problemas. Talvez o
>         fato de terem que criar uma interface grafica nova do zero em
>         tempo muito mais reduzido do que a gnome usou seja a causa. de
>         qualquer forma acho o unity interessante mas com muito a
>         evoluir, mas muito mesmo, tipo interface Windows versus OSX. Não
>         vou usar o unity agora, so como testes e avaliação. inclusive
>         não vou instalar o ubuntu 11.04, prefiro esperar a 11.10 para
>         ver como vai estar em outubro.
>
>         3 - o Gnome3 é um esforço enorme de varias pessoas para evoluir
>         o gnome, ja que ele tinha chegado a um ponto na versão 2 onde o
>         esforço de melhora era maior que fazer tudo de novo. O resultado
>         é melhor que o unity e bem mais maduro. Ainda tem que evoluir,
>         mas o que seria do mundo se não tivessemos o que melhorar.
>
>         4 - Vou aproveitar este momento da canonical e usar o opensuse
>         11.4 por um tempo e ver como é o mundo fora do ubuntu.
>
>
>         5 - após algum tempo de uso achei o gnome3 melhor que o unity,
>         mas é muito cedo para dizer o que sera de ambos. o futuro e a
>         evolução de ambos e do mercado vai dar a resposta, temos que ter
>         pasciencia.
>
>         Luis Forman
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> Anderson Pierre Cardoso
> Computer Engineer - University of Sao Paulo
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> [gtalk]: apierre.cardoso@xxxxxxxxx <mailto:apierre.cardoso@xxxxxxxxx>
> [blog]: http://anderson-hacklife.blogspot.com/
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